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sábado, 31 de outubro de 2009

Hérnia de disco e da Abdominal: perguntas e respostas

Hérnia de disco: perguntas e respostas

- Por que a Hérnia de disco provoca dor na perna ou no braço?

O disco está colocado na coluna exactamente na frente dos nervos que saem para distribuir-se nas pernas ou braços, e quase sempre que o núcleo `escapa` de dentro do anel ele se dirige para trás, provocando uma compressão sobre a raiz nervosa correspondente.

Quando a Hérnia está na região lombar, ela afecta as raízes que vão para as pernas, quando esta na região cervical (pescoço), ela afecta as raízes que vão para os braços. Essa lesão da raiz nervosa que se dirige à perna ou braço é a responsável pelo sintoma de dor no membro.

- O que é ciático? E dor ciática?

Ciático é o nome do principal nervo do membro inferior. Esse nervo forma-se da união de várias raízes nervosas que saem da coluna. Ele começa mais ou menos na altura da nádega e se distribui por todo o membro inferior.

A dor provocada por problemas no nervo ou nas raízes nervosas da região lombar, que são as que formam o nervo, é conhecida como dor ciática ou ciatalgia. Uma das causas mais comuns de dor ciática é a Hérnia de disco lombar.

- Toda a dor na perna é uma dor ciática?

Não, o termo dor ciática aplica-se apenas àquelas dores provocadas por problemas no nervo ou suas raízes. Existem vários outros tipos dor na perna, e mesmo várias doenças que podem provocar dores parecidas com a dor ciática, chamadas falsa ciáticas ou pseudo-ciáticas.

- Qual é a causa da Hérnia de disco?

A Hérnia é resultado de um desgaste do disco, e esse desgaste está relacionado a vários fatores, como estrutura genética do indivíduo, actividade física, peso, tipo de trabalho, etc.. Não existe Hérnia causada apenas por um factor isolado, mesmo nos casos em que a Hérnia se manifesta depois de um acidente ou esforço, costumam existir outros factores a que contribuíram anteriormente para o problema.

- Qual o tratamento da Hérnia de disco?

Na maioria dos casos o tratamento é conservador, não cirúrgico, consistindo de fisioterapia e medicação para a dor e inflamação do nervo, seguidos de programas de exercícios. A cirurgia é reservada para os casos em que o tratamento conservador não surte o efeito desejado ou em que o nervo está muito lesado e necessita ser descomprimido com urgência.

- Quais os exercícios certos para fazer em casos de Hérnia de disco?

Não existe uma fórmula, os exercícios devem ser prescritos para cada caso, por um profissional capacitado para julgar as necessidades e capacidades de cada paciente. Há vários tipos de exercícios para todos os gostos, mas, via de regra, todos visam alongar os músculos e ligamentos, aumentar o movimento das articulações, e reforçar a musculatura das costas e da barriga.

- Como é a cirurgia da Hérnia de disco?

Embora o procedimento básico seja descomprimir a raiz nervosa comprimida pela Hérnia, hoje em dia existem vários tipos de cirurgia para este fim, indo desde os tratamentos percutâneos, sem cortes e sem hospitalização, até as cirurgias maiores, com fixação da coluna e colocação de implantes metálicos (artrodeses). Ainda mais modernamente surgiram as técnicas de artroplastia, em que o disco reconstruído com próteses que mantém a movimentação normal da coluna.

A indicação do tipo específico de cirurgia dependerá do caso de cada paciente, sendo julgados vários fatores para se tomar essa decisão. O procedimento cirúrgico mais comum é a microcirurgia para Hérnia discal, em que é feita apenas a retirada da Hérnia através de uma pequena incisão nas costas, usando-se o microscópio cirúrgico.

Nos últimos tempos temos substituído o microscópio pela aparelhagem de vídeo, realizando a microcirurgia vídeo-endoscópica, que permite o uso de incisões ainda menores e recuperação pós-operatória mais rápida.


Fonte: cirurgiadacoluna


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Hérnias abdominais
O que é hérnia?


Hérnia significa a passagem anormal de estruturas de uma cavidade para outra. Hérnias podem ser encontradas em vários locais podendo ser divididas em externas e internas.

A hérnia inguinal ( na virilha ) é um exemplo comum de hérnia externa. Nesse caso há uma protrusão de conteúdo abdominal ( intestinos e gorduras ) para o saco herniário que se situa logo abaixo da pele e no homem pode ocupar espaço na bolsa escrotal. Outros exemplos são aquelas localizadas na região umbilical e, na parede abdominal, logo acima do umbigo - denominadas umbilical e epigástricas. Essas últimas são erroneamente chamadas de hérnia no estômago.

Ainda, outras formas bastantes comuns são as hérnias incisionais que surgem quando há cicatrização deficiente de ferida operatória em cirurgias abdominais. Já nas hérnias internas o conteúdo da hérnia não pode ser percebido pelo paciente.

As hérnias abdominais internas mais comuns são a hérnia hiatal ( hérnia do estômago ), hérnia diagramática e hérnias que se formam dentro do abdómen após cirurgias. Podem ainda existir hérnias congénitas decorrentes de má-rotação intestinal ainda no período embrionário que, felizmente, são extremamente raras.

O que pode causar hérnia?

O mecanismo pelo qual a hérnia surge não é bem compreendido. Ao passo que na criança pode ser percebida logo ao nascer, no adulto, entretanto a parede abdominal é fraca e incapaz de suportar a tensão que sobre ela é exercida.

Além disso o fumo, o trabalho pesado, a obesidade, hereditariedade são fatores que frequentemente estão associados. Doenças da apóstata também estão relacionadas ao aparecimento de hérnias nos homens.

Como se faz o diagnóstico?

Nas hérnias externas, com frequência, o diagnóstico é realizado pelo próprio paciente. Geralmente este refere um aumento de volume que é percebido quando o mesmo permanece em pé ou quando faz esforço com o abdome - por exemplo, aumentar a pressão do tórax com os lábios fechados de forma a distender o abdome.

Nos casos de hérnias internas o diagnóstico é realizado conforme a doença. Nas hérnias hiatais (estômago) o diagnóstico pode ser realizado tanto pela endoscopia como pelo Rx de esôfago/estômago, nas hérnias diafragmáticas pelo RxTórax e nas pós-cirúrgicas, muitas vezes somente com a cirurgia.

Quais são as complicações das hérnias?

Nas hérnias externas existem complicações como o encarceramento e, em estágio mais avançado, o estrangulamento. O primeiro ocorre quando as estruturas herniadas permanecem presas dentro do saco. No estrangulamento ocorre corte à circulação sanguínea levando morte do órgão herniado. Essa representa quadro extremamente grave e fatal.

Outras seriam obstrução intestinal, sangramento, escoriações da pele e celulites. Nas hérnias internas, esofagite, dor e dificuldade para engolir. Ainda, em casos graves, obstrução intestinal que é manifestado por distensão abdominal e vómitos.


Dr. Carlos Augusto Scussel Madalosso
Cirurgião do Ap. Digestivo
www.gastrobese.com.br




Hérnia inguinal
O abdómen é uma caixa que contém fígado, estômago, baço, intestinos, etc.

Como toda caixa, o abdómen tem suas paredes. Existe uma parede interna, firme, e uma parede externa, frouxa (basicamente gordura e pele).

O “elemento firme” da parede interna é o músculo. Porém nessa caixa existem pontos sem músculo, que são seus “pontos fracos”. Nesses pontos existem aponevroses e fascias, tecidos resistentes que garantem a firmeza da caixa mesmo nos pontos que não tenha músculo. Os pontos fracos mais comuns são o umbigo e as virilhas.

Algumas famílias têm como característica uma deficiência na síntese de colágeno. Essa deficiência leva à fraqueza das aponeuroses e fascias que protegem os pontos fracos e, dessa forma, surgem buracos na estrutura firme do abdómen. Aos buracos na “estrutura firme“ damos o nome de hérnia. Quando a hérnia ocorre na virilha damos o nome de Hérnia Inguinal (essa é a localização mais comum das hérnias).

O conteúdo do abdómen (principalmente os intestinos) se encaixa pelas hérnias e fica recoberto apenas pela parede frouxa, externa (gordura e pele). Essa passagem dos intestinos pela hérnia cria um “caroço mole” que empurra a pele. Geralmente quem tem hérnia costuma empurrar os intestinos, através da pele, para dentro do abdómen. Essa manobra pode ser dolorosa e algumas vezes impossível.

Quando não se consegue devolver o intestino, ocorre o que chamamos Hérnia Encarcerada.

A hérnia encarcerada consiste uma urgência, pois se não for operada pode evoluir para necrose do intestino estrangulado, com peritonite e risco de vida.

O tratamento da Hérnia Inguinal (ou de outra localização) é sempre cirúrgico. Consiste, basicamente, em devolver para o abdómen o intestino que saiu pela hérnia e a seguir, fechar o buraco. Esse fechamento deve ser feito sem tensão em nenhum ponto.

Rotineiramente usamos uma tela de material específico (Marlex ou Prolene) para revestir o defeito. Esse revestimento servirá como molde e suporte para que o paciente fabrique sua própria fascia.

Existem duas formas de colocação da tela na hérnia inguinal:

a) Através de incisão na parede frouxa externa (gordura e pele);

b) Através da videolaparoscopia (sem incisão das estruturas superficiais).


Na nossa clínica preferimos a cirurgia videolaparoscopica, que permite fixar a tela sem danificar as estruturas superficiais, proporcionando ao paciente uma melhor recuperação. Quando introduzimos a ótica, podemos avaliar se existe hérnia na outra virilha e fazer a cirurgia dos dois lados no mesmo tempo cirúrgico.


Fonte: www.francoerizzi.com.br

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