Espero que o governo faça justiça, e deixe este casal e outros homossexuais serem pais mesmo casados, porque o bem estar das pessoas e a Justiça, eu defendo-a, mas corrupção e a mentira já não.
Espero que se faça justiça e que estes casais sejam desde de agora mais felizes do que eram e possam ser pais.
Espero que sobretudo o ser humano aceite, porque o respeito e o acto de dar amor a uma criança e poder fazê-la feliz sem ser numa instituição, é sempre bom sinal, se o casal nunca se agredir nem ter atitudes que muitos heterossexuais estão a ter últimamente.
Apesar de ser Hetero, defenderei sempre a diferença da minha orientação, porque saber respeitar o próximo é gratificante e aceitá-lo também, porque todos nós somos Filhos de Deus, e não somos mais do que os Homo, mais iguais, porque tudo que fizermos aqui, nós deixamos para trás e não conseguimos levar com a nossa morte.
Por isso saber respeitar o próximo é sempre o melhor acto e atitude do Ser Humano, por isso façam-no sempre e serão sempre felizes com o mundo e com a sociedade.
Boa sorte para os Homossexuais,
São os meus votos Sinceros,
Lénia
Casamento homossexual
Miguel adoptou uma criança, mas Paulo também é pai
por LusaHoje
Miguel e Paulo (nomes fictícios) partilham há cinco anos a paternidade de uma criança que o primeiro adoptou. Ambos participam nas festas da escola e passam o Natal com a família. "O nosso filho tem uma vida semelhante à das outras crianças".
Um ano antes de conhecer Paulo, Miguel adoptou uma criança, de um ano, no país estrangeiro onde residia. Descreve o processo como rápido, eficiente e controlado. Entre a candidatura e a decisão final passaram cerca de 17 meses.
"A nossa relação com a escola e com os restantes pais é excelente. Participamos nos aniversários dos colegas de escola do nosso filho sem problemas. Ele tem uma vida social semelhante à das outras crianças", garante.
Acrescenta que na escola as reacções foram todas "positivas" e que este ano a professora fez um comentário peculiar: "Disse que já tinha tido uma aluna com duas mães, mas que dois pais era a primeira vez!"
Também a família de Miguel reagiu "muito bem" quando comunicou que ia adoptar uma criança: "A reacção foi de grande acolhimento."
"Há uma vida familiar muito tradicional. O nosso filho fica com os tios ao fim da tarde, os meus sobrinhos costumam estar cá em casa e não existe qualquer distinção de tratamento entre o meu filho e os primos [em relação aos avós]. Fazemos a vida tradicional da família portuguesa", afirma.
No ano passado, o Natal foi em casa de Miguel e Paulo e contou com mais de 30 familiares de quatro gerações.
Sobre a possibilidade de em breve se poder casar, Miguel conta que a questão ainda não foi discutida a fundo, mas que uma coisa é certa: "Tudo o que são passos para acabar com as discriminações existentes são bem-vindos. Se o casamento tornar a posição legal do meu companheiro em relação ao nosso filho mais forte é um bom motivo para o fazermos."
Miguel preocupa-se com o "imbróglio legal" que pode acontecer na hipótese de "morrer amanhã". Lamenta que "o papel real enquanto pai" que o companheiro tem na vida da criança "não esteja devidamente protegido pelo Estado".
"Neste caso, é evidente que o superior interesse do nosso filho estaria mais defendido se tivesse os dois pais reconhecidos", defende.
Quanto aos efeitos da aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, Miguel diz que irá ter um resultado "muito poderoso" na mudança da percepção pública da homossexualidade.
"O facto de o Estado actualmente tratar de forma diferente relações de amor e familiares entre dois cidadãos é sinal de que o próprio Estado está a cooperar com a discriminação", lamenta.
Por outro lado, lembra que mesmo que o Estado não legisle sobre a adopção, os homossexuais já são, hoje, pais.
Depois da contestação inicial, já nem sequer há debate em Espanha
por Lusa
Hoje
Quatro anos depois da aprovação da lei do casamento homossexual em Espanha, que gerou manifestações da Igreja e da ala mais conservadora da sociedade, o tema deixou de ser alvo de polémica e de debate.
A oposição inicial de alguns magistrados e autarcas - que alegaram, sem sucesso, objecção de consciência para não celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo - acabou por desaparecer e hoje o casamento entre dois homens ou duas mulheres deixou de ser sequer tema da conversa.
A polémica iniciativa do governo socialista fazia parte do programa que José Luís Rodríguez Zapatero levou às eleições de 2004, que venceu com maioria.
Quase um ano depois, e após intenso debate dentro e fora do parlamento, os deputados aprovaram a alteração ao código civil que não só permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas garante outros direitos relacionados com adopção, herança e pensão.
"O homem e a mulher têm direito a contrair casamento conforme as disposições deste código. O casamento terá os mesmos requisitos e efeitos quando ambos os contraentes forem do mesmo ou de diferentes sexos", lê-se na versão alterada da lei.
A reforma substituiu ainda as expressões "marido e mulher" por "cônjuges" e "pai e mãe" por progenitores.
Apesar da polémica política e religiosa - a Igreja promoveu várias manifestações contra a reforma legislativa -, a sociedade civil espanhola sempre esteve maioritariamente a favor do casamento homossexual, com sondagens a confirmarem que esse apoio chegou quase aos 70 por cento, valor que, nos últimos anos, não tem sido sequer medido, empurrando o tema para o palco da normalidade.
Só no primeiro ano de aplicação da lei - e depois do casamento inaugural entre Carlos Baturin e Emílio Menendez (a 11 de Julho de 2005, nove dias depois da entrada em vigor da lei) - celebraram-se mais de 4500 casamentos.
Dados do Instituto Nacional de Estatística espanhol, solicitados pela Lusa, confirmam que em 2006 se registaram 4300 casamentos (3000 de homens e 1300 de mulheres).
No ano passado houve 3549 casamentos homossexuais, dos quais 2299 entre homens. Barcelona registou o maior número: 704. Em 2008, registaram-se 114 divórcios entre pessoas do mesmo sexo.
Cerca de 10 por cento dos casamentos envolvem cidadãos estrangeiros, questão que chegou a suscitar dúvidas, clarificadas por decisões judiciais que determinaram que o casamento entre espanhóis e estrangeiros ou apenas entre estrangeiros seria aceite caso estes tivessem residência em Espanha.
Desde a entrada em vigor da lei outras reformas importantes para o colectivo homossexual e transgénero espanhol foram aprovadas, incluindo a alteração que permite aceder, de acordo com o definido em cada região autónoma, ao Serviço Nacional de Saúde para fazer uma operação de mudança de sexo e alterar a identidade no registo civil, quer se tenha feito essa operação ou não.
No eterno conflito entre esquerda e direita em Espanha, a polémica virou-se para outros temas, como a reforma da lei do aborto ou, em menor escala, se devem ou não ser retirados os crucifixos das salas de aula.
Depois da contestação inicial, já nem sequer há debate em Espanha
por Lusa
Hoje
Quatro anos depois da aprovação da lei do casamento homossexual em Espanha, que gerou manifestações da Igreja e da ala mais conservadora da sociedade, o tema deixou de ser alvo de polémica e de debate.
A oposição inicial de alguns magistrados e autarcas - que alegaram, sem sucesso, objecção de consciência para não celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo - acabou por desaparecer e hoje o casamento entre dois homens ou duas mulheres deixou de ser sequer tema da conversa.
A polémica iniciativa do governo socialista fazia parte do programa que José Luís Rodríguez Zapatero levou às eleições de 2004, que venceu com maioria.
Quase um ano depois, e após intenso debate dentro e fora do parlamento, os deputados aprovaram a alteração ao código civil que não só permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas garante outros direitos relacionados com adopção, herança e pensão.
"O homem e a mulher têm direito a contrair casamento conforme as disposições deste código. O casamento terá os mesmos requisitos e efeitos quando ambos os contraentes forem do mesmo ou de diferentes sexos", lê-se na versão alterada da lei.
A reforma substituiu ainda as expressões "marido e mulher" por "cônjuges" e "pai e mãe" por progenitores.
Apesar da polémica política e religiosa - a Igreja promoveu várias manifestações contra a reforma legislativa -, a sociedade civil espanhola sempre esteve maioritariamente a favor do casamento homossexual, com sondagens a confirmarem que esse apoio chegou quase aos 70 por cento, valor que, nos últimos anos, não tem sido sequer medido, empurrando o tema para o palco da normalidade.
Só no primeiro ano de aplicação da lei - e depois do casamento inaugural entre Carlos Baturin e Emílio Menendez (a 11 de Julho de 2005, nove dias depois da entrada em vigor da lei) - celebraram-se mais de 4500 casamentos.
Dados do Instituto Nacional de Estatística espanhol, solicitados pela Lusa, confirmam que em 2006 se registaram 4300 casamentos (3000 de homens e 1300 de mulheres).
No ano passado houve 3549 casamentos homossexuais, dos quais 2299 entre homens. Barcelona registou o maior número: 704. Em 2008, registaram-se 114 divórcios entre pessoas do mesmo sexo.
Cerca de 10 por cento dos casamentos envolvem cidadãos estrangeiros, questão que chegou a suscitar dúvidas, clarificadas por decisões judiciais que determinaram que o casamento entre espanhóis e estrangeiros ou apenas entre estrangeiros seria aceite caso estes tivessem residência em Espanha.
Desde a entrada em vigor da lei outras reformas importantes para o colectivo homossexual e transgénero espanhol foram aprovadas, incluindo a alteração que permite aceder, de acordo com o definido em cada região autónoma, ao Serviço Nacional de Saúde para fazer uma operação de mudança de sexo e alterar a identidade no registo civil, quer se tenha feito essa operação ou não.
No eterno conflito entre esquerda e direita em Espanha, a polémica virou-se para outros temas, como a reforma da lei do aborto ou, em menor escala, se devem ou não ser retirados os crucifixos das salas de aula.
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